Representatividade na Moda

17 de agosto de 2021

Quando você pensa em moda, provavelmente a primeira coisa que vem à mente são modelos magras, brancas, com corpos irreais e altos padrões de exigência. Mas, essa é uma realidade que está, lentamente, se alterando.

A moda sempre lançou tendências, sonhos de consumo e influenciou muitos movimentos que revolucionaram a vida das pessoas. Porém, em contrapartida, também foi, por muito tempo, um símbolo de muita segregação, devido ao seu inalcançável padrão estético. Por esse motivo, nos últimos anos, a representatividade na moda entrou em pauta.



Agora, muito além de lançar novas ondas, a indústria se vê em uma posição totalmente diferente, especialmente frente aos seus consumidores. É tanto uma mudança estrutural no que até então entendíamos como moda, quanto uma oportunidade única de negócio.


Vamos entender juntos como a representatividade está transformando todas as estruturas da moda e o que está sendo feito sobre esse tema mundo afora?


Mas, o que é essa tal de representatividade?


Em muitos momentos somos impactados com esse termo e, convenhamos, nunca esteve tão em alta como agora. Porém, é comum ainda existirem dúvidas sobre seu real significado - assim como sua importância.


Em linhas gerais, representatividade é uma terminologia que representa a defesa e expressão de interesses de determinados grupos sociais. É o movimento que visa dar visibilidade para certos movimentos que até então eram ignorados e marginalizados. 


Essa segregação é feita por diversos motivos: social, etnia, raça, orientação sexual e de gênero e, principalmente no ramo da moda, de estética. Logo, não basta lutar pela aceitação dessas classes, mas sim, na integração e inclusão delas em todos os aspectos que envolvem a moda e beleza.


Representatividade na moda: um movimento que veio para agitar as estruturas:


O mundo mudou e a sociedade está mudando. A nova geração e o novo perfil de consumidores, não querem mais comprar uma marca, apenas por ela ser de alto padrão ou pela beleza das peças. 


Os clientes da nova revolução industrial - ou Industria 4.0, querem se relacionar com empresas com a mesma ética e transparência, além de representarem as mesmas lutas e crenças morais.


Denominadas de empresas responsáveis socialmente, as companhias de moda perceberam essa nova urgência e estão começando a se movimentar. Afinal, por muito tempo o padrão inalcançável era o único espelho que, principalmente as mulheres, tinham.


Modelos altas, extremamente magras, brancas e “padrões”, sempre foram as estrelas a estampar as revistas e desfiles. Mas isso está mudando e as pessoas querem ver corpos normais e reais, sem a extrema procura do impossível. Elas querem se ver representadas nas marcas que consomem.

E as mulheres sempre foram as que mais sofreram com essa idealização do irreal. Isso também é uma forma de fazer com que elas gastem muito dinheiro com procedimentos desnecessários, para se encaixar em uma forma que não é dela.


Isso sempre foi um mecanismo do capitalismo lucrar sobre as inseguranças, especialmente das mulheres. Em contrapartida, a representatividade na moda traz uma mensagem poderosa: a proposta que as pessoas - principalmente o público feminino - se amem cada vez mais, do exato jeito que elas são. 


A representatividade no meio da moda: marcas que negaram o padrão


O padrão de beleza e de corpos perfeitos - sem estrias, celulites, pelos e, de preferência, brancos - reinou desde que a moda se entende como industria. Mas, algumas marcas rasgaram essa obrigação imposta e apostaram na verdadeira representatividade. 


Visando, dessa maneira, que todos os corpos se sentissem representados e realmente desejados por essa nova moda. Conheça algumas dessas empresas que estão sendo pioneiras e grandes defensoras dessas mudanças:


Lojas Renner:


A Renner sempre foi uma marca atenta e preocupada com a representatividade. Antes mesmo desses movimentos ganharem ainda mais voz, a empresa já aposta em estratégias para aumentar sua representatividade.


Nas propagandas e marketing, por exemplo, os castings são diversos e que representem a realidade de corpos, estilos e diferenças, que marcam a todos nós. Em 2017, lançou uma campanha onde a modelo tinha vitiligo, ilustrando que as diversidades são belas!


LAB - Laboratório Fantasma


Criada pelo rapper Emicida com seu irmão, a marca nasceu como uma maneira de arrecadar dinheiro para investir na sua música. Com camisetas temáticas e artesanais, vendidas em seus shows, hoje eles possuem um dos desfiles mais aguardados da SPFW.


A LAB já nasceu com uma preocupação intensa em representatividade e empoderamento - tendo o lema que a marca e suas roupas são para todos.


Chica Bolacha


Que mulher gorda já não passou grandes constrangimentos a ir comprar roupas, ouvindo: aqui não temos o seu tamanho? Esses corpos, foram os mais negligenciados pela indústria e, por muito tempo, sentiram vergonha por serem assim,

A Chica Bolacha, nasceu da necessidade dessas pessoas terem roupas da moda e com seu estilo, mas na sua numeração, sem medo ou constrangimento. 


A moda hoje precisa ser um dos maiores painéis da representatividade


A questão é que a transformação da sociedade é irreversível. Pessoas querem se sentir representadas e consumir aquilo que mais se relaciona a suas crenças, não apenas mais por status. Mas, não basta apenas colocar uma maquiagem e fingir apoiar o movimento: é preciso mudanças estruturais reais.


Desde seu casting de modelos, até os diretores de criação. Toda a estrutura precisa ser revista para que essa mudança seja algo real e não apenas motivada para, literalmente, fazer bonito.


E aí, o que achou do nosso conteúdo? Você sabe de mais alguma marca que errou feio e não contribui para esse movimento? Conta aqui para a gente e acompanhe nosso blog!



Por DDX Adm 5 de novembro de 2025
O setor têxtil está em constante transformação, e na DDX acreditamos que inovar é o caminho para seguir crescendo. Por isso, cada processo é pensado para unir tecnologia, sustentabilidade e criatividade, garantindo qualidade em todas as etapas.  Mais do que acompanhar tendências, queremos construir um futuro sólido e responsável para a moda, valorizando as pessoas que fazem parte dessa história e oferecendo soluções que fazem a diferença. Afinal, o futuro começa com as escolhas que fazemos hoje.
Por DDX Adm 5 de novembro de 2025
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